Cabo-verdiana Débora Costa teve nota máxima, 20 valores, na apresentação do seu trabalho final de Mestrado na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. O projecto "Arquitetura como elemento de inte(g)ração socioterritorial. Subtítulo: um centro cultural para Odivelas, Parque do Silvado" foi apresentado para os júris, no dia 28 de setembro de 2021. Débora Costa de 25 anos, natural da ilha de São Vicente, diz estar "extremamente orgulhosa do sucedido e vejo também como um orgulho para o meu país ". O projecto apresentado é sobre "um centro cultural para a cidade de Odivelas, em Lisboa, um bairro multicultural, mas ao mesmo tempo segregado e sem espaços públicos e equipamentos qualificados para as pessoas. Em termos programáticos é um centro multifuncional, interageracional que promove a interação social entre os variados grupos sociais. Em termos de arquitetura procura criar uma transição entre a cidade e os espaços verdes (também propostos no projeto), procura uma integração territorial e trata dos espaços de transição como momentos de apropriação humana e articulação entre o dentro e o fora".
Débora Costa fez o ensino secundário na cidade do Mindelo, no Liceu Ludgero Lima até ao 10º ano, e continuou na Escola Industrial e Comercial do Mindelo. Com média de 16.8 conseguiu uma vaga disponibilizada pelo Ministério de Educação e Ensino Superior de Cabo Verde, para licenciatura em Arquitetura em Portugal.
Mestrado concluído com trabalho final com nota máxima. E Agora? "Neste momento estou a trabalhar com uma arquiteta portuguesa (já trabalhava antes de concluir a formação académica). Pretendo aprender muito com ela. Porém, tenho conhecimento de que em Cabo Verde a procura por arquitetos tem aumentado. O que me parece muito interessante. Eu pretendo crescer muito como profissional e também tenciono ajudar o meu país a crescer. Por isso estou atenta aos momentos e as oportunidades."
Sobre onde nasceu a paixão pela arquitetura, diz que "a história é uma até bastante comum, quando pequenina, cerca de 8 anos perguntei ao meu padrasto como se chamava a profissão da pessoa que desenha, a resposta foi arquiteta. Sempre gostei de desenhar, pintar, então decidi de muito nova que seria arquitetura. Sempre me destaquei na escola por ter estas habilidades mais afinadas. Com boas notas a geometria, desenho, artes. Tanto classifiquei em terceiro lugar a nível nacional em uma competição que a empresa SITA organizou durante o verão (se não me engano em 2010). Neste caso esta foi uma atividade extracurricular".
Antes de ingressar na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Débora Costa fez um ano de Belas Artes, em Londres, Reino Unido. Desenhos artísticos sempre foi seu hobbie que partilha em no Instagram em www.instagram.com/debora.costa.art
Débora Costa com nota máxima no trabalho final de Mestrado na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
7 de outubro de 2021