"Batuku me deixa leve". É assim que "Preta" descreve o batuku. O amor por batuku surgiu desde infância, encontrou o batuku na familia. É sobrinho de Nha Nácia Gomes, uma referência do batuku e do finason em Cabo Verde.
Atanásio Gomes, 65 anos, conhecido por "Preta", já leva 7 anos no "Grupo batuku Nova Alegria", da localidade de Banana, no concelho de São Domingos. No grupo atua como "pam pam", uma das batidas que compõe o batuku.
Nos jogos de futebol "por diversão" na zona de Tira-Chapéu, na cidade da Praia, surgiu a alcunha "Preta", jogava como médio defensivo. Neste bairro, onde nasceu e cresceu, "brincava" batuku com Ceça e Teresa Fernandes, conhecidas batucadeiras. Já, na idade adulta, mudou para o interior de Santiago, em Ribeirão de Cal - São Domingos, onde encontrou "batuku" e logo integrou nos grupos de batucadeiras.
Além de batuku, diz ser um exímio "badjador" [dançarino] de funana, sobretudo o do ritmo mais acelerado - o Kotxi Pó. "Danço muito bem, crio as minhas próprias passadas...depois os jovens imitam [risos]"
"O batuku me deixa leve", Atanásio "Preta" Gomes
31 de dezembro de 2022